quinta-feira, julho 13, 2006

Violentíssima ternura...

"Que a vida fosse a mesma festa sempre
e os olhos encontrassem teu sorriso
um pouco mais de tempo e era a felicidade
um pouco mais de céu e era o paraíso

Comecei devagar, em dúvida de tudo
até saber que o ontem, para ti, fora de menos
pouca sorte, pouca vida, pouco amor
e aí senti o que se sente e não dizemos

e tudo que soubemos acabou
e aquilo que começou nós não sabemos

e pouco a pouco, tudo agigantou
que era demais e os olhos já sabiam
e aquela intensidade apenas confirmou
o futuro que as mãos não conheciam

fica a certeza de um início assim bonito
e no silêncio pressente-se a loucura
o turbilhão intenso subindo como um grito
e inexplicável, violentíssima, a ternura."

Pedro Barroso

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