terça-feira, outubro 10, 2006

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"A flor que és, não a que dás, eu quero.
Porque me negas o que te não peço.
Tempo há para negares
Depois de teres dado.
Flor, sê-me flor! Se te colher avaro
A mão da infausta esfinge, tu perece
Sombra errarás absurda,
Buscando o que não deste. "

in "21-10-1923", Ricardo Reis

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