terça-feira, julho 31, 2007

Holly family...

Agnolo Bronzino
1555-60

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quinta-feira, julho 26, 2007

Cada um que passa na nossa vida, passa sozinho…

"Cada um que passa na nossa vida, passa sozinho…
Porque cada pessoa é única para nós,
E nenhuma substitui a outra.
Cada um que passa na nossa vida passa sozinho,
Mas não vai só…
Leva um pouco de nós mesmos
E deixa-nos um pouco de si mesmos.
Há os que levam muito,
Mas não há os que não deixam nada.
Esta é a mais bela realidade da Vida…
A prova tremenda de que cada um é importante
E que ninguém se aproxima por acaso..."

Antoine de Saint Exupéry

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segunda-feira, julho 23, 2007

Nada é certo...

"Ninguém avança pela vida em linha recta. Muitas vezes, não paramos nas estações indicadas no horário. Por vezes, saímos dos trilhos. Por vezes, perdemo-nos, ou levantamos voo e desaparecemos como pó. As viagens mais incríveis fazem-se às vezes sem se sair do mesmo lugar. No espaço de alguns minutos, certos indivíduos vivem aquilo que um mortal comum levaria toda a sua vida a viver. Alguns gastam um sem número de vidas no decurso da sua estadia cá em baixo. Alguns crescem como cogumelos, enquanto outros ficam inevitavelmente para trás, atolados no caminho. Aquilo que, momento a momento, se passa na vida de um homem é para sempre insondável. É absolutamente impossível que alguém conte a história toda, por muito limitado que seja o fragmento da nossa vida que decidamos tratar."

in "O Mundo do Sexo", Henry Miller

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domingo, julho 22, 2007

Não quero rosas...

Não quero rosas, desde que haja rosas.
Quero-as só quando não as possa haver.
Que hei-de fazer das coisas
Que qualquer mão pode colher?

Não quero a noite senão quando a aurora
A fez em ouro e azul se diluir.
O que a minha alma ignora
É isso que quero possuir.

Para quê?... Se o soubesse, não faria
Versos para dizer que inda o não sei.
Tenho a alma pobre e fria…
Ah, com que esmola a aquecerei?...

Fernando Pessoa

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quinta-feira, julho 19, 2007

Macbeth...

"Tomorrow, and tomorrow, and tomorrow
Creeps in this petty pace from day to day,
To the last syllable of recorded time
And all our yesterdays have lighted fools
The way to dusty death. Out, out, brief candle!
Life's but a walking shadow, a poor player
That struts and frets his hour upon the stage
And then is heard no more. It is a tale
Told by an idiot, full of sound and fury,
Signifying nothing."

in "Macbeth", Acto 5, Cena 5, William Shakespeare

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quarta-feira, julho 18, 2007

Se tanto me dói que as coisas passam…

"Se tanto me dói que as coisas passem
É porque cada instante em mim foi vivo
Na busca de um bem definitivo
Em que as coisas de Amor se eternizassem."

Sophia de Mello Breyner Andresen

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sábado, julho 14, 2007

Amizade sem sinceridade...

"Acredita-se ter encontrado um meio de tornar a vida deliciosa através da bajulação. Um homem simples que apenas diz a verdade é visto como o perturbador do prazer público. Foge-se dele porque não agrada a ninguém; foge-se da verdade que ele enuncia, porque é amarga; foge-se da sinceridade que proclama porque apenas traz frutos selvagens; tem-se receio dela porque humilha, porque revolta o orgulho que é a mais estimada das paixões, porque é um pintor fiel que nos faz ver quão disformes somos.
Não admira que seja tão rara: em toda a parte (a sinceridade) é perseguida e proscrita. Coisa maravilhosa, ela encontra a custo um refúgio no seio da amizade.

Sempre seduzidos pelo mesmo erro, só fazemos amigos para ter pessoas particularmente destinadas a nos agradarem: a nossa estima resume-se à sua complacência; o fim dos consentimentos acarreta o fim da amizade. E quais são esses consentimentos? O que é que mais nos agrada nos amigos? São os contínuos elogios que lhes cobramos como tributos.
A que se deve que já não haja verdadeira amizade entre os homens? Que esse nome não seja mais do que uma armadilha que empregam com vileza para seduzir? «É, diz um poeta (Ovídio), porque já não existe sinceridade.»
Com efeito, retirar a sinceridade da amizade é torná-la uma virtude teatral; é desfigurar essa rainha dos corações; é tornar quimérica a união das almas; é introduzir o artifício no que há de mais santo e a perturbação no que há de mais livre."

in "Elogio da Sinceridade", Baron de Montesquieu

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quinta-feira, julho 12, 2007

Hoje sinto-me assim...

Kristen Dunst
Ai menina que dia mai maluco....

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Mas não só de homem para homem a língua fala...

"Mas não só de homem para homem a língua fala.
Também encontro todas as palavras para falar com as árvores e as bestas. Encontro todas para mandar aparelhar o coche, fazer o baile e o fado. Um sermão. Tenho todas as palavras para ir à igreja ouvir o sermão e a ladainha. E tenho todas para ir à igreja ouvir o sermão e a ladainha. E tenho todas para comer à beira da estrada, junto às cestas. Tenho todas as palavras para a lavoira, todas para os ventos. A quantidade de palavras sobre os barcos, a maresia, o marejar, o almareado, a tramontana, tudo o mais que vem do mar, como se ele fosse nosso, ou o tivéssemos feito com a nossa própria língua. Palavras para atravessar todos os oceanos, para percorrer todas as praias."

Lídia Jorge

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sexta-feira, julho 06, 2007

To be or not to be...

"Ser ou não ser, eis a questão:
Se é mais nobre no espírito sofrer
As fundas e flechas da fortuna ultrajante,
Ou brandir armas contra um mar de agravos,
E, opondo-os, fazê-los cessar. Morrer - dormir,
Mais nada; e num sono dizer que cessou
O torno do peito e os mil choques naturais
De que a carne é herdeira: eis uma consumação
Que devotamente se busque. Morrer, dormir;
Dormir, porventura sonhar - ah, é esse o estorvo:
Pois nesse sonho da morte que sonhos virão,
Quando nos desligarmos desse liame mortal,
Nos deve fazer pensar - é esse o aspecto
Que calamidade faz de tão longa vida.
Pois quem aceitara a férula e açoites do tempo,
O dolo do opressor, a contumélia de insolentes,
A dor de um amor repelido, as demoras legais,
A insolência do lugar, e os vários gravames
Que o mérito paciente sofre dos incapazes,
Quando por si mesmo podia dar-se livrança
Com um punhal despido? Quem alçara fardos,
Esfalfado a suar sob esse jugo estafado,
Se não que o temor de algo depois da morte,
Esse país não descoberto de cujo término
Viajante nenhum retorna, encadeia a vontade,
E antes nos faz sofrer os males que temos
Do que refugiar-nos em outros desconhecidos?
Assim faz de nós todos a consciência cobardes,
E assim o natural rubor da resolução
Cai enfermo desse modo pálido de pensar,
E empresas de grande rasgo e momento
Por reflexões dessas o decurso divertem
E perdem o nome de acção. Silêncio agora,
A bela Ofélia! Ninfa nas tuas preces
Sejam os meus pecados lembrados."

in “Hamlet”, Act 3, Cena 1, William Shakespeare

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Annunciation...

Leonardo Da Vinci
(1472-75)

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Seja o que você quer ser...

"Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que se quer. Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz. As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas.
O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido. Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado. A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade. A vida não é de se brincar porque um belo dia se morre."

Clarice Lispector

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