terça-feira, setembro 25, 2007

Hoje sinto-me assim...


Angelina Jolie

A perfeição...

“A perfeição absoluta não é desejável porque deixa de provocar e desenvolver o nosso imaginário.”

Jean-Charles de Castelbajac

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A natividade...

Paula Rego

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sexta-feira, setembro 14, 2007

A terra do nunca...

"Tenho uma lista enorme das pessoas com quem estou em falta. Falta de uma palavra, de um carinho, da demonstração de que penso nelas.
Os dias correm como se não tivessem mais 24 horas, ou então sou eu que me perco nos minutos e quando reapareço já a noite desce sobre a cidade.
Deito-me e levanto-me a pensar no que tenho que fazer, no verdadeiramente urgente, mas depois são as pequenas coisas que se prendem umas nas outras como os fios de uma meada e não sobra espaço para nada.
A gestão do nosso tempo é também uma arte. Eu sei bem que o meu mal é escapulir-me para lugar nenhum, para aquela “terra do nunca” onde me aconchego e me sinto segura, ousada e sem medos, onde a realidade não penetra.
Deixo-me ficar por lá, ainda que aqui esteja. Posso estar rodeada de gente, posso mesmo parecer participar nas conversas, mas na verdade, em segredo, fujo para a “terra do nunca” e permaneço lá, a revisitar as minhas recordações ou a inventar novos mundos.
Outras vezes, estou a meio de uma tarefa, e evaporo-me sem que ninguém dê por isso. O corpo fica cá, mas o meu espírito e a minha alma e o meu coração, todos de mãos dadas, fogem, correm sem parar até encontrarem esse local onde o silêncio está repleto de sons amigos, onde nada me obriga a representar o papel que me distribuíram, nesta longa performance que é a vida real. Eu sei que é infantil. E inútil seguramente. Mas é lá que vou buscar as cores para pintar os dias, as imagens que não existem senão numa realidade paralela que é muito mais a minha do que esta que aqui está.
Não é sonhar. Não sei explicar, é algo de diferente. É como se este local secreto escondido dentro de mim fosse o ultimo refugio de tudo e de todos e principalmente, tenho que ser verdadeira, de mim mesma.
Isto tudo porque depois me falta o tempo para as coisas da vida.
Mas necessito desta fuga como do ar que respiro. É lá que estão as personagens do meu livro, agora que me fugiram da minha cabeça e não consigo que os dedos corram as teclas no computador.
É lá que estou eu a brincar com os meus filhos quando eram pequenos.
É lá que está aquela que fui e que acreditava que bastava fechar os olhos e o mundo virava o sonho que sonhava.
Mas volto sempre.
E tenho que vos agradecer a todos, aos participantes desta realidade cibernauta que eu desconhecia.
Desde lado de cá da realidade, vocês são a companhia mais querida e esperada a cada dia, e ligar o computador e procurar as vossas palavras, os vossos comentários, os pedaços de vida que aqui deixam, tornou-se um dos mais doces momentos dos meus dias.
Prometo que vos levo comigo até à “terra do nunca”. Quiçá cada um de vós tem também uma e eu não sei."

Luisa Castel-Branco

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Tão veloz como o desejo...

"Amar é um verbo. Demonstramos o nosso amor através de acções.
E uma pessoa só se sente amada quando a outra lhe manifesta o seu amor com beijos, abraços, carícias e demonstrações de generosidade. Uma pessoa que ama procurará sempre o bem-estar físico e emocional da pessoa amada. E se é bem verdade que não só de pão vive o homem, também não pode sobreviver só de amor. Talvez por isso seja tão triste um apaixonado pobre. Por mais satisfatória que seja uma relação a nível emocional e sexual, a falta de dinheiro pode afectar e minar, pouco a pouco, até a maior paixão."

Laura Esquivel

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Recordar é viver...

"Foi em Setembro que te conheci
Trazias nos olhos a luz de Maio
Nas mãos o calor de Agosto
E um sorriso
Um sorriso tão grande que não cabia no tempo
Ouve, vamos ver-o-mar
Foste a trinta de Fevereiro de um ano por inventar
Falámos, falámos coisas tão loucas que acabámos em silêncio
Por unir as nossas bocas
E eu aprendi a amar

Sim eu sei que tudo são recordações
Sim eu sei é triste viver de ilusões
Mas tu foste a mais linda história de amor
Que um dia me aconteceu
E recordar é viver, só tu e eu

Foi em Novembro que partiste
Levavas nos olhos as chuvas de Março
E nas mãos o mês frio de Janeiro
Lembro-me que me disseste que o meu corpo tremia
E eu, eu queria ser forte, respondi que tinha frio
Falei-te do vento norte
Não, não me digas adeus
Quem sabe, talvez um dia... como eu tremia, meu Deus
Amei como nunca amei
Fui louco, não sei, talvez
Mas por pouco, por muito pouco eu voltaria a ser louco
Amar-te-ia outra vez"

Vitor Espadinha

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Por Darfur...


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quinta-feira, setembro 13, 2007

Tejo...

autor não identificado

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quarta-feira, setembro 12, 2007

You can make me smile...

"Quando o meu amigo está infeliz, vou ao seu encontro; quando está feliz, espero por ele."
Henri Amiel

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Em cada pedra um sentimento...

Carla Salgueiro

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terça-feira, setembro 11, 2007

Sempre a razão vencida foi de amor...

"Sempre a Razão vencida foi de Amor;
Mas, porque assim o pedia o coração,
Quis Amor ser vencido da Razão.
Ora que caso pode haver maior!

Novo modo de morte e nova dor!
Estranheza de grande admiração,
Que perde suas forças a afeição,
Por que não perca a pena o seu rigor.

Pois nunca houve fraqueza no querer,
Mas antes muito mais se esforça assim
Um contrário com outro por vencer.

Mas a Razão, que a luta vence, enfim,
Não creio que é Razão; mas há-de ser
Inclinação que eu tenho contra mim."

Luís Vaz de Camões

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sexta-feira, setembro 07, 2007

As Fadas...

"As fadas...eu creio nelas!
Umas são moças e belas,
Outras, velhas de pasmar...
Umas vivem nos rochedos,
Outras, à beira do mar...

Algumas em fonte fria
Escondem-se, enquanto é dia,
Saem só ao escurecer...
Outras, debaixo da terra,
Nas grutas verdes da serra,
É que se vão esconder...

O luar é os seus amores!
Sentadinhas entre as flores,
Ficam horas sem fim,
Cantando suas cantigas,
Fiando suas estrigas,
Em roca de ouro e marfim.

Umas têm mando nos ares;
Outras, na terra, nos mares;
E todas trazem na mão
Aquela vara famosa,
A varinha de condão!

Mas com tudo isto, as fadas
São muito desconfiadas:
Quem as vê não há-de rir,
Querem elas que as respeitem,
E não gostam que as espreitem,
Nem se lhes há-de mentir.

E têm vinganças terríveis!
Semeiam coisas horríveis,
Que nascem logo do chão...
Línguas de fogo,que estalam!
Sapos com asas, que falam!
Um anão preto! Um dragão!

Quantas vezes, já deitado,
Mas sem sono, inda acordado,
Me ponho a considerar,
Que condão eu pediria,
Se uma fada, um belo dia,
Me quisesse a mim fadar...

Oh, se esta noite, sonhando,
Alguma fada, engraçando
Comigo (podia ser)
Me tocasse com varinha
E fosse minha madrinha,
Mesmo a dormir, sem a ver...

E que amanhã acordasse
E me achasse... eu sei! me achasse
Feito um príncipe, um emir!...
Até já, imaginando,
Meus olhos se estão fechando...
Deixa-me já já dormir!"

Antero de Quental

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terça-feira, setembro 04, 2007

Caminhos...

autor desconhecido

Hoje sinto-me assim...

Sienna Miller
"Quando o primeiro contacto com algum objecto nos surpreende e o consideramos novo ou muito diferente do que conhecíamos antes ou então do que supúnhamos que ele devia ser, isso faz que o admiremos e fiquemos espantados com ele. E como tal coisa pode acontecer antes que saibamos de alguma forma se esse objecto nos é conveniente ou não, a admiração parece-me ser a primeira de todas as paixões. E ela não tem contrário, porque, se o objecto que se apresenta nada tiver em si que nos surpreenda, não somos emocionados por ele e consideramo-lo sem paixão."
in "As Paixões da Alma", René Descartes

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