sexta-feira, março 31, 2006

Torre Eiffel...

A 31 de Março de 1898 é inaugurada em Paris a Torre Eiffel.
A Torre Eiffel é um monumento da cidade de Paris, sendo reconhecida em todo o mundo como um símbolo da França.
Foi construída para a Exposição mundial de 1889 a fim de demonstrar toda a tecnologia dominada na época em estruturas metálicas. Originalmente seria apenas uma estrutura temporária, a ser desmontada com o fim da Exposição. Segundo alguns, a Torre é uma espécie de alimento para o ego humano, sempre faminto por demonstrar sua suposta grandiosidade. De qualquer forma, a Torre é até hoje uma metáfora para a sede de conquistas do homem.
Com seus 317 metros de altura, possuía 7300 toneladas quando foi construída, sendo que actualmente deva passar das 10000, já que são abrigados restaurantes, museus, lojas, entre muitas outras estruturas que não possuía na época de sua construção. Os últimos 20 metros desta magnífica torre correspondem a uma antena de rádio que foi adicionada posteriormente.
Recebe o nome de seu projectista, o engenheiro Gustave Eiffel (1832-1923).

Site oficial: http://www.tour-eiffel.fr/

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Verdes são os campos...

"Verdes são os campos,
De cor de limão:
Assim são os olhos
Do meu coração.

Campo, que te estendes
Com verdura bela;
Ovelhas, que nela
Vosso pasto tendes,
De ervas vos mantendes
Que traz o Verão,
E eu das lembranças
Do meu coração.

Gados que pasceis
Com contentamento,
Vosso mantimento
Não no entendereis;
Isso que comeis
Não são ervas, não:
São graças dos olhos
Do meu coração."

Luís Vaz de Camões

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O fogo que branda cera ardia...

"O fogo que na branda cera ardia,
Vendo o rosto gentil que eu na alma vejo,
Se acendeu de outro fogo do desejo,
Por alcançar a luz que vence o dia.

Como de dous ardores se incendia,
Da grande impaciência fez despejo,
E, remetendo com furor sobejo,
Vos foi beijar na parte onde se via.

Ditosa aquela flama, que se atreve
A apagar seus ardores e tormentos
Na vista de que o mundo tremer deve!

Namoram-se, Senhora, os Elementos
De vós, e queima o fogo aquela neve
Que queima corações e pensamentos."

Luís Vaz de Camões

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quinta-feira, março 30, 2006

A sombra da Lua...

A sombra da Lua sobre a Terra, tal como se vê da Estação Espacial Internacional, 230 milhas acima do planeta, durante um eclipse solar total.
Esta fotografia digital foi tirada pela tripulação da Expedition 12, o comandante Bill McArthur e o engenheiro Valery Tokarev, numa missão de seis meses no complexo.

Fonte: www. sapo.pt
Foto: Nasa

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Somália...

Seca na Somália

Um rapaz somali bebe água numa lagoa feita pelo homem em Bur Dhuxunle, uma aldeia a sul da Somália, 370 km a oeste de Mogadisho.
Os habitantes locais lutam para combater a seca que devasta esta nação da África Oriental.
Fonte: www. sapo.pt
Foto: Thomas Mukoya

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A forma justa...

"Sei que seria possível construir o mundo justo
As cidades poderiam ser claras e lavadas
Pelo canto dos espaços e das fontes
O céu o mar e a terra estão prontos
A saciar a nossa fome do terrestre
A terra onde estamos - se ninguém atraiçoasse - proporia
Cada dia a cada um a liberdade e o reino
- Na concha na flor no homem e no fruto
Se nada adoecer a própria forma é justa
E no todo se integra como palavra em verso
Sei que seria possível construir a forma justa
De uma cidade humana que fosse
Fiel à perfeição do universo

Por isso recomeço sem cessar a partir da página em branco
E este é meu ofício de poeta para a reconstrução do mundo"

in "O Nome das Coisas", Sophia de Mello Breyner Andersen

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quarta-feira, março 29, 2006

Nada é impossível...

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...

"Projectos conjuntos têm mais chance de sucesso quando se beneficiam de ambos os lados."

Euripedes, séc. IV a.C.

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Reflexões...

"Tao era no princípio o Inominado;
Tao era a Virtualidade, a Via, a Norma de todo o vir-a-ser.
Forma sem forma, imagem sem imagem,
Tao incriado, era das formas e das imagens a Possibilidade.
Quem O olhasse não O veria; alguém que O escutasse não O ouviria.
Ele é, nas paragens ignotas do mistério, a Confusão!
É o não-Ser, o nada-Positivo, a Origem, a Razão e a Verdade.
Ponto incoactivo do porvir, da existência a Condição.
Para além do tempo, Tao é Virtualidade,
Para os seres, nos tempos, é a Virtude, o Mistério dos mistérios!
Tao é o Nada e a Existência, é vivido sonho no meio da ilusão,
De Yin-Yang modelado pela norma eterna e universal.
É a ilusão palpável e viva, é a ilusão sentida;
É do Tudo e do Nada a realidade;
É o não-Ser em ser, o Nada em vida!
Tao é vácuo, omnipotente e omnipresente,
É a forma e a vida que tomaram céu e terra,
E tudo quanto este binómio encerra:
Forma fugaz, ilusória e impermanente;
Vida de sonho, transitória e irreal;
Aspectos vãos de Yin-Yang alternantes, dando aos seres
Reflexos fugitivos, de Existência efectiva e nominal!
Tudo é Tao e tudo é um na evolução universal.
Nenhum ente senão Tao sustem a vida.
Vede a terra e os astros, o raio e a luz, a tempestade e a aurora,
Tudo o que vai pela existência fora, como em uma alma só se continua!
Essa alma é Tao, a alma universal;
Da vida a eterna fonte, una na essência e múltipla na aparência
Das formas vãs em que se gera o Mal.
Tao bom, liberal, benemérito, como a água,
Humilde se conforma a toda a posição e toda a forma.
Tao, é dos seres o grande senhor.
Ele é a eterna norma, a luz da vida consumada,
É o mar e o navegante;
Tao é vida e também o viandante,
Tao é Tudo e também a expressão do Nada."

Lao Tze, extracto de "Tao Teh Jing"

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Hoje sinto-me assim...

Ava Gardner

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terça-feira, março 28, 2006

Landscape...

by Alejandro Emilio Fernadez

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As manhãs...

"(...) Nesta terra, as pessoas não respeitam a manhã. Acordam brutalmente ao som de um despertador que lhes rasga o sono com uma machadada e entregam-se logo a seguir a uma pressa funesta. É capaz de me dizer o que será depois um dia que começou com semelhante acto de violência? Que será feito dessas pessoas a quem o despertador ministra diariamente um choquezinho eléctrico? De dia para dia, vão-se acostumando mais à violência, cada vez mais esquecidos do que seja o prazer. Pode crer-me, o temperamento de um homem é decidido pelo que forem as suas manhãs. (...) gosto tanto destas horas matinais que atravesso lentamente como uma ponte ladeada de estátuas, para chegar da noite ao dia, do sono à vida desperta. É o momento do dia em que me agradaria mais a graça de um milagrezinho, de um encontro súbito que me persuadisse de que os sonhos da minha noite continuam e de que a aventura do sono e a aventura do dia não estão separadas por um precipício."

in "A Valsa do Adeus", Milan Kundera

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segunda-feira, março 27, 2006

...

" Também tu não que estás no meu destino, sempre menos do que eu no teu.
Assim te espero. Há um bosque que se ergue no meio do rio.
Eu declaro que tu és esse bosque, esse rio, essa beleza insólita a meio de uma fuga. "

Juan Antonio González

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Dia Mundial do Teatro...

" (...) que indigna criatura acreditas que eu seja? Estás querendo fazer de mim um divertimento; estás procurando aparentar que conheces meus registros; estás querendo arrancar os meus segredos mais íntimos; pretendes sondar-me, fazendo que emita desde a nota mais grave até a mais aguda de meu diapasão; e possuindo tal abundância de música e tão excelente voz neste pequeno órgão, tu, contudo, não podes fazê-lo falar. Pelo sangue de Deus! Estás pensando que seja eu mais fácil de ser tocado que uma flauta? Toma-me pelo instrumento que melhor te agrade e por muito que me dedilhes, posso garantir-te que não conseguirás tirar qualquer som de mim (...)"

Hamlet, Acto III, Cena II, Shakespeare

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Hoje sinto-me assim...

Gene Tierney

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domingo, março 26, 2006

Onde está o gato...

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Gato preto...

Zosia Zija

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Discurso sobre a felicidade...

"A sabedoria deve ter sempre os trunfos à mão: pois quem diz sábio, diz feliz, pelo menos no meu dicionário; há que ter paixões para ser feliz; mas há que colocá-las ao serviço da nossa felicidade e existem algumas às quais devemos proibir qualquer acesso à nossa alma."

Madame du Châtelet, Discurso sobre a felicidade

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A vida do dia-a-dia...

"A escuridão, as trevas desesperadas, é esse o círculo terrível da vida do dia-a-dia.
Por que é que uma pessoa se levanta de manhã, come, bebe e se deita outra vez?
A criança, o selvagem, o jovem saudável, o animal não padecem sob a rotina deste círculo de coisas e actividades indiferentes.
Aquele a quem os pensamentos não atormentam, alegra-se com o levantar pela manhã e com o comer e o beber, acha que é o suficiente e não quer outra coisa.
Mas quem viu esta naturalidade perder-se, procura no decurso do dia, ansioso e desperto, os momentos da verdadeira vida cujas cintilações o tornam feliz e que apagam a sensação de que o tempo reúne em si todos os pensamentos relativos ao sentido e ao objectivo de tudo. Podem chamar a esses momentos, momentos criadores, porque parece que trazem a sensação de união com o criador, porque se sente tudo como desejado, mesmo que seja obra do acaso. É aquilo a que os místicos chamam união com Deus. Talvez seja a luz muito clara desses momentos que faz parecer tudo tão escuro, talvez a libertadora e maravilhosa leveza desses momentos faça sentir o resto da vida tão pesada, pegajosa e opressiva. Não sei, não aprofundei muito o pensamento e a tirada filosófica. Mas sei que se há bem-aventurança e um paraíso tem de ser uma duração incólume de tais momentos, e se se pode obter esta felicidade pela dor e pela sublimação na dor, não há nenhuma dor que justifique a fuga."

in "Gertrud", Hermann Hesse

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sábado, março 25, 2006

Velocidade Mediterrânica...


Post dedicado á Eduarda pq hoje deve de estar (de certeza!!) em Jerez de la Frontera!
Já ñ era para por mais nada hoje mas este teve mesmo q ser
autor: desconhecido

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Saber...

"Há pessoas que desejam saber só por saber, e isso é curiosidade; outras, para alcançarem fama, e isso é vaidade; outras, para enriquecerem com a sua ciência, e isso é um negócio torpe: outras, para serem edificadas, e isso é prudência; outras, para edificarem os outros, e isso é caridade."

S. Tomás de Aquino

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As Mãos...

"Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.

Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.

E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.

De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade."

Manuel Alegre, O Canto e as Armas, 1967

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...

"Pois é preciso saber que a palavra é sagrada
Que de longe muito longe um povo a trouxe
E nela pôs sua alma confiada

De longe muito longe desde o início
O homem soube de si pela palavra
E nomeou a pedra a flor a água
E tudo emergiu porque ele disse

Com fúria e raiva acuso o demagogo
Que se promove à sombra da palavra
E da palavra faz poder e jogo
E transforma as palavras em moeda
Como se fez com o trigo e com a terra."

Sophia de Mello Breyner Andersen

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Barco de papel...



















"Relembro um dia dos meus tempos de menino:
larguei a flutuar
um barco de papel na água de um fosso.
Era no mês de Julho, e era um dia chuvoso;
eu estava sozinho e era feliz
com o meu brinquedo... Sobre o fosso eu fiz
o meu barquinho de papel boiar...

Súbito, as nuvens carregadas de tormenta
se adensaram; os ventos, em rajadas,
assopraram, e a chuva, em bátegas, tombou.
Jorros de água barrenta
arremeteram e engrossaram a corrente,
e o meu barquinho de papel lá se afundou...

Pensei comigo amargamente
que a tempestade viera expressamente
para destruir minha felicidade:
era bem contra mim toda a sua maldade.

Aquele dia nublado
de Julho já vai hoje bem distante,
e tenho muitas vezes meditado
em todos os brinquedos desta vida
que eu
fui sempre quem perdeu...
Culpava assim o meu destino
dos desenganos todos que me deu,
mais eis que me lembrei subitamente
do barco de papel lá no fosso afundado."

Rabindranath Tagore

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sexta-feira, março 24, 2006

...


"O amor ofereceu-me o teu rosto absoluto, projectou os teus olhos no meu céu e segreda-me agora uma palavra: o teu nome _ essa última estrela quase a morrer pouco a pouco embebida no meu próprio sangue e o meu sangue à procura do teu coração."

Fernando Pinto do Amaral
imagem: La Grand Odallisque, Jean-Auguste-Dominique Ingres

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quinta-feira, março 23, 2006

...

"Não se ama a quem olhamos tanto.
Nem se deseja.
Quanto por ti clamo, neste silêncio em que ti fiquei, não é senão o libertar do encanto que fostes ao longe, à luz do mar aceso.
E à luz que te recorta é que estou preso."

Jorge de Sena

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Let there be light...

Photo: Glen Traver

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Não digas nada!...

"Não digas nada!
Nem mesmo a verdade
Há tanta suavidade em nada se dizer
E tudo se entender -
Tudo metade
De sentir e de ver...
Não digas nada
Deixa esquecer

Talvez que amanhã
Em outra paisagem
Digas que foi vã
Toda essa viagem
Até onde quis
Ser quem me agrada...
Mas ali fui feliz
Não digas nada."

Fernando Pessoa

Às vezes entre a tormenta...


"Às vezes entre a tormenta,
quando já humedeceu,
raia uma nesga no céu,
com que a alma se alimenta.

E às vezes entre o torpor
que não é tormenta da alma,
raia uma espécie de calma
que não conhece o langor.

E, quer num quer noutro caso,
como o mal feito está feito,
restam os versos que deito,
vinho no copo do acaso.

Porque verdadeiramente
sentir é tão complicado
que só andando enganado
é que se crê que se sente.

Sofremos? Os versos pecam.
Mentimos? Os versos falham.
E tudo é chuvas que orvalham
folhas caídas que secam."

Fernando Pessoa
Foto: Eric Kellerman

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quarta-feira, março 22, 2006

Isadora Duncan...


Isadora Duncan tornou-se uma personalidade marcante do século XX. Precursora da Dança Moderna, repudiou as técnicas do Ballet clássico, deixando-se levar por movimentos expontaneos, criando vigoroso e livre estilo pessoal. Correndo como uma bacante, com túnicas vaporosas, os pés descalços e os cabelos semi-soltos, libertou a arte suspensa há séculos nos vasos gregos do Louvre, que lhe serviram de fonte de inspiração e evocação do espírito dionisíaco.Norte-americana, nascida em São Francisco em 1877, Isadora partiu para a Europa em 1899 buscando afirmar-se como dançarina. Arrebatada pelas obras de Beethoven e Wagner e pelas imagens da Grécia Antiga, alcançou grande sucesso em Paris em 1902, ao apresentar-se no Teatro Sarah Bernhardt, iniciando uma série de triunfos que lhe dariam notabilidade mundial. Em Agosto de 1916, aos 38 anos de idade, Isadora Duncan apresentou-se no Brasil no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
O desastre e afogamento de seus dois filhos em 1913 e o suicídio de seu ex-marido, o poeta russo Sergei Esenin (1895-1925), martirizaram Isadora até sua morte em Nice a 14 de Setembro de 1927, quando sua longa echarpe, durante um passeio de automóvel, terminou por se enrolar em uma das rodas do conversível, sufocando inesperadamente sua trágica e gloriosa existência.


: "Você já foi ousada, não permita que a amassem."
: "Assim como o nu é a coisa mais sublime em toda a arte, deve ser mais sublime na dança, porque dançar é o ritual religioso da beleza física."
: "Dançar é sentir, sentir é sofrer, sofrer é amar... Tu amas, sofres e sentes. Dança!"
:"Meu corpo é o templo da minha arte. Eu exponho-o como altar para a adoração da beleza."
: "O amor pode ser um passatempo e uma tragédia."

by Isadora Duncan

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22 de Março, Dia Mundial da Água...


Dois trabalhadores do lixo indonésios recolhem plástico num rio poluído em Jacarta.
A falta de água doce deverá provocar o aumento de problemas ambientais nos próximos 15 anos. É provável que a queda do caudal dos rios, o aumento de salinidade nos estuários, a perda de peixes e plantas aquáticas e a redução de sedimentos na costa aumentem em muitas regiões da Terra até 2020.

Fonte: www.sapo.pt
Foto: Mast Irham

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21 de Março, Dia do IADE...

Ontem foi dia do IADE e também a entrega dos diplomas, por isso é q todos os ultimos posts estão com um dia de atraso.
SIM...! eu ontem fui receber o meu belo diploma!! Que lindinho...

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21 de março, Dia Mundial da Poesia...

O Dia Mundial da Poesia foi instituído pela UNESCO no dia 21 de Março de 2000. Na altura, o Director-Geral da organização, o japonês Koichiro Matsuura, justificou a iniciativa pela universalidade e natureza transcendental desta forma de expressão, constituindo por isso mesmo um meio incomparável para a compreensão inter - cultural e para a consolidação da paz no mundo. É também no mesmo dia, assinalado o Dia da árvore.
Árvore verde

Árvore verde,
Meu pensamento
Em ti se perde.
Ver é dormir
Neste momento.

Que bom não ser
'Stando acordado!
Também em mim enverdecer
Em folhas dado!

Tremulamente
Sentir no corpo
Brisa na alma !
Não ser quem sente,
Mas tem a calma.

Eu tinha um sonho
Que me encantava.
Se a manhã vinha,
Como eu a odiava!

Volvia a noite,
E o sonho a mim.
Era o meu lar,
Minha alma afim.

Depois perdi-o.
Lembro? Quem dera!
Se eu nunca soube
O que ele era.

F. Pessoa

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Nasceu a Primavera...


O Rapto de Perséfone

Deméter (Ceres), deusa dos campos dourados, que trabalhava incessantemente junto aos homens, ensinando-lhes o plantio e a colheita de trigo, tinha uma filha chamada Perséfone (Proserpína), uma jovem virgem adolescente com os cabelos dourados como os raios de Sol. A sua mãe, Deméter, a incumbia de colher ramos de trigo num campo separado dos outros, preservando-a do contacto com os homens. No mundo subterrâneo habitava um deus chamado Hades (Plutão), senhor dos infernos e do mundo dos mortos. Numa de suas passagens pela superfície, Hades avista Perséfone nos campos de trigo e se apaixona imensamente por ela. Indo na sua direcção, agarra-a pelos cabelos e a coloca em sua carruagem negra puxada por cavalos negros que soltavam chamas verdes das ventas. A terra se abre num terremoto e Hades rapta Perséfone, levando-a ao seu reino nas profundezas.
Lá, amarrando-a em sua cama, a estupra dezenas de vezes. Na superfície, ao fim de mais um dia de trabalho, Deméter percebe o desaparecimento de sua filha e, desesperada gritava seu nome pelos campos. Depois de nove dias e nove noites, desiludida e cheia de dor, Deméter torna-se estéril e a vegetação sob seu domínio responde da mesma maneira, tornando a terra infértil e árida, trazendo a fome e a desolação aos homens. No Olimpo, Zeus (Júpiter), irmão de Hades, que tinha assistido a tudo, resolve intervir, chamando Hermes (Mercúrio) para ir até as profundezas para convencer Hades a libertar Perséfone. Somente ele tinha condições de entrar nos infernos por possuir a palavra sagrada impronunciável que abria os portais do mundo dos mortos. Sendo o deus da palavra, um dia conseguiu escutar a senha e a repetir, tendo livre acesso ao reino de Hades. Indo até lá e encontrando Hades, surpreende-se. Ao tentar convencê-lo a libertar Perséfone, Hades diz que ele poderia levá-la a qualquer instante.
A surpresa maior foi pelo facto de que Perséfone se recusar a voltar à superfície. Após ter conhecido o prazer e ter se sentido fértil, conhecendo os frutos da romãzeira dados por seu esposo Hades, que a deixara uma mulher exuberante e madura, negava-se a sair de lá, local onde tinha se transformado e tido contacto com o outro lado da vida e se apaixonado por seu amo e senhor. Hermes leva a questão a Zeus, que percebendo não poder interferir nas questões do amor entre ela e seu irmão, profere uma sábia sentença : Perséfone não se separaria de Hades, que tanto amava, mas não poderia deixar sua mãe que, triste, não permitia a terra produzir alimento aos homens. Decide então que ela passaria nove meses na superfície, junto a sua mãe Deméter, período de florescência, maturação e colheita. No período invernal, nos três meses seguintes, enquanto a terra dormia, passaria em companhia de seu esposo Hades. Perséfone deveria realizar este serviço imposto, tomando consciência de que serviria ao esposo, dando-lhe prazer e recebendo amor, mas que também serviria à terra, à mãe e à natureza.

Assim nascem as estações do ano pela mitologia Greco-Romana.

imagem: Primavera, Sandro Botticelli, 1482

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Johann Sebastian Bach...


Johann Sebastian Bach, 21 de Março, 1685 - 28 de Julho, 1750

Um músico e compositor do período barroco da música erudita.
Compositor alemão. Descendente de uma família de músicos e filho de um músico da corte, fica órfão aos dez anos. Prossegue a sua educação musical com o seu irmão e aos quinze anos obtém um lugar de cantor em Lüneburg, onde estuda intensamente diversos autores alemães, flamengos e italianos. Aos 18 anos já tem assimilada boa parte da tradição musical germânica. Em 1703 obtém a sua primeira colocação profissional como violinista da corte de Weimar, onde permanece apenas meio ano. Em finais de 1903 aceita o seu primeiro lugar de organista. Nesta época, a sua actividade criadora começa a ser importante. Compõe música para clavicórdio, instrumento que sempre cultiva, para órgão e para voz. Em 1707 obtém um posto de organista em Mülhausen, de onde passa rapidamente, ao que parece por divergências religiosas, para a corte do duque da Saxónia-Weimar como músico de câmara e organista. Este é um período fecundo: obras para órgão, cantatas religiosas e profanas. Bach começa a ter fama de virtuoso do órgão e é solicitado para dar recitais em Weissenfels, Halle, Kassel e Erfurt. Aprofunda os seus conhecimentos no estilo italiano transcrevendo peças de Vivaldi e Marcello. Em 1717, com a sua numerosa família, muda-se para Köthen, onde entra ao serviço do príncipe Leopold de Anhalt-Köthen. Por causa do calvinismo desta corte, durante um período de seis anos Bach não compõe música religiosa. Mas, no entanto, cria A Fantasia Cromática, diversas obras para solo de violino e violoncelo e as sonatas para flauta. Nos seis Concertos Brandeburgueses apresenta uma verdadeira síntese da sabedoria musical europeia da época. É também desta época o Concerto para Dois Violinos e Orquestra. Em plena maturidade criadora, deu diversos concertos em Leipzig e Hamburgo.
Johann Sebastian Bach, músico profissional, chega ao mais alto cume da sua arte. Graças ao seu absoluto domínio da técnica, o espírito criador de Bach não necessita de mudar as formas tradicionais para se expressar livremente. Pode dizer-se, em certo sentido, que esgota as possibilidades da música barroca. Depois de Bach, a música desenvolve-se em novas direcções. Embora tenha parecido esquecido durante algumas décadas, os músicos românticos, especialmente Mendelssohn, vêm a expressar por ele uma enorme admiração. É considerado um dos maiores e mais influentes compositores da história da música, ainda que pouco reconhecido na altura em que viveu

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segunda-feira, março 20, 2006

Destino da Semana...



Todas as segundas dou um destino ao meu inteiro gosto pessoal para ser visitado.
Não dou referencias de locais a visitar nos destinos mas dou a opinião para comprarem um bom guia de viagens e como sou fã, só podia recomendar os guias da American Express.
São fantasticos e tem tudo: roteiros, horários, restaurantes, tudo, não são muito caros mas valem o dinheiro! Aproveitem a viagem porque sei que vão gostar e lembrem-se:
Tenho o mais simples dos gostos, satisfaço-me apenas com o melhor...
Primeiro Destino: Barcelona
Imagem 1: Parque Güel
Imagem 2: Torres da Sagrada Familia
Imagem 3: Casa Batllo, A joia arquitectonica de Antonio Gaudi, declarada Património Mundial pela UNESCO em Julho de 2005, http://www.casabatllo.es/

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...

"Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim
todos os sonhos do mundo."

Fernando Pessoa

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Sonhar acordada...

Como gostava de poder sentar-me numa nuvem e olhar e perceber o que se passa à minha volta. Como gostava de poder sentar-me numa nuvem e dar pontapés na lua sempre que ela não me sorrisse. Como gostava de poder sentar-me numa nuvem e tentar agarrar as estrelas só para me sentir a brilhar. Como gostava de sentar-me numa nuvem, no silêncio, a sonhar acordada.

Li este post não-sei-onde e reparei q me sentia assim...
imagem: autor desconhecido

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domingo, março 19, 2006

O sol nas noites e o luar nos dias...

"De amor nada mais resta que um Outubro
e quanto mais amada mais desisto:
quanto mais tu me despes mais me cubro
e quanto mais me escondo mais me avisto.

E sei que mais te enleio e te deslumbro
porque se mais me ofusco mais existo.
Por dentro me ilumino, sol oculto,
por fora te ajoelho, corpo místico.

Não me acordes. Estou morta na quermesse
dos teus beijos. Etérea, a minha espécie
nem teus zelos amantes a demovem.

Mas quanto mais em nuvem me desfaço
mais de terra e de fogo é o abraço
com que na carne queres reter-me jovem."

Natália Correia
foto: Alexandre T.

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Retrato de uma princesa desconhecida...

"Para que ela tivesse um pescoço tão fino
Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule
Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos
Para que a sua espinha fosse tão direita
E ela usasse a cabeça tão erguida
Com uma tão simples claridade sobre a testa
Foram necessárias sucessivas gerações de escravos
De corpo dobrado e grossas mãos pacientes
Servindo sucessivas gerações de príncipes
Ainda um pouco toscos e grosseiros
Ávidos cruéis e fraudulentos

Foi um imenso desperdiçar de gente
Para que ela fosse aquela perfeição
Solitária exilada sem destino"

Sophia de Mello Breyner Andersen

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sexta-feira, março 17, 2006

Hoje vou adormecer assim...

''a body is not just an embracing, it's a homeland that will turn to a foreign land''
by A. M.

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Match Point...

" Um plano de um campo de ténis, com a rede e uma bola num vaivém de um lado ao outro, introduz o leit-motiv do filme: a ideia de que a sorte é determinante, que o esforço e a persistência não são suficientes, e que o sentido da vida não passa de um mito, já que a vida não passa de uma sucessão de acasos felizes ou infelizes.
Chris Winston é um jovem irlandês que chega a Londres para tentar a sua sorte na ascensão social, e que consegue emprego como professor de ténis num clube de acesso restrito.
Tom Hewett pertence à alta sociedade londrina e é um dos alunos que lhe cabe em sorte e que determinará o seu fado.
Tom, com quem partilha o gosto pela ópera, vai introduzi-lo no seu ambiente selecto e apresentar-lhe a sua família endinheirada e snobe.
É assim que Chris conhece Chloe, a irmã de Tom, com quem acabará por casar.
Em menos tempo do que o que demoraria a fazer um «smash», consuma a mudança para a empresa do sogro e um admirável mundo novo abre-se para si.
Tudo parece correr bem, ele é empenhado e até lê Dostoievski para ajudar à dissimulação, e é apadrinhado pelo sogro na conquista de um novo estatuto. Mas tudo muda quando conhece Nola Rice, uma aspirante a actriz americana, como ele, uma «autodidacta» de origens humildes, que é namorada de Tom.
Os dois encontram-se durante uma partida de pingue-pongue – o único momento em que o ritmo do filme acelera com um diálogo em ricochete – e a paixão é fatal como o destino. Daí até que se rendam a ela não demorará muito. Mas logo tudo se abafa em prol da estabilidade das respectivas relações.Mas quando a relação de Nola e Tom acaba, com a ajuda do olhar reprovador do clã Hewett, ela desaparece do seu círculo familiar, e ele corre à sua procura, mas sem sucesso. Contudo, o destino volta a uni-los quando se cruzam por acaso numa galeria londrina e encetam então uma relação clandestina.
Com o passar dos meses, a situação vai-se tornando mais séria e ameaçando o casamento «confortável» de Chris, que cada vez mais se afunda em mentiras para manter a pose.
Inevitavelmente, ele terá de escolher entre manter a vida luxuosa que tem ou viver ao lado desta mulher sedutora, ou deixar que a sorte decida.
No final percebemos que o crime compensa... ou talvez não..."

Fonte: http://www.estreia.online.pt/

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Canto de Outono...

"Em breve iremos mergulhar nas trevas frias;
Adeus, radiosa luz das estações ligeiras!
Ouço tombar no pátio em vibrações sombrias
A lenha que ressoa à espera das lareiras.

Em meu ser outra vez se hospedará o Inverno:
Ódio, arrepio, horror, labor duro e pesado,
E, como o sol a arder em seu glacial inferno,
Meu coração é um bloco rubro e enregelado.

Tremo ao ouvir tombar cada feixe de lenha;
Não faz eco mais surdo a forca que se alteia.
Minha alma se compara à torre que despenha
Aos pés do aríete incansável que a golpeia.

Parece-me, ao sabor de sons em abandono,
Que algures um caixão se prega a toda pressa.
Para que? - Ontem era o verão; eis o Outono!
Rumor estranho de quem parte e não regressa...

Amo em teu longo olhar a luz esverdeada,
Doce amiga, mas hoje amarga-me um pesa,
E nem o teu amor, o lar, a alcova, nada
Vale mais do que o sol raiando sobre o mar.

Mas ama-me assim mesmo e cheia de ternura,
Sê mãe para o perverso, o ingrato em todo caso;
Sê, amante ou irmã, a efémera doçura
De um Outono glorioso ou a de um sol no ocaso.

Breve é a missão! A tumba espera, ávida, à frente!
Ah, deixa-me, a cabeça em teus joelhos pousada,
Degustar, recordando o estio claro e ardente,
Deste fim de estação a suave luz dourada!"

Charles Baudelaire

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Hoje acordei assim...

Sophia Loren

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quinta-feira, março 16, 2006

Vive...

"Vive, dizes, no presente,
Vive só no presente.
Mas eu não quero o presente, quero a realidade;
Quero as cousas que existem, não o tempo que as mede.

O que é o presente?
É uma cousa relativa ao passado e ao futuro.
É uma cousa que existe em virtude de outras cousas existirem.
Eu quero só a realidade, as cousas sem presente.

Não quero incluir o tempo no meu esquema.
Não quero pensar nas cousas como presentes; quero pensar nelas como cousas.
Não quero separá-las de si-próprias, tratando-as por presentes.

Eu nem por reais as devia tratar.
Eu não as devia tratar por nada.

Eu devia vê-las, apenas vê-las;
Vê-las até não poder pensar nelas,
Vê-las sem tempo, nem espaço,
Ver podendo dispensar tudo menos o que se vê.
É esta a ciência de ver, que não é nenhuma."

Vive, Poemas Inconjuntos, Alberto Caeiro

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Holla Mohalla...


O major Singh, um guerreiro sikh, com o seu turbante tradicional, de 425 metros de comprido, posa no santuário Anandpur Sahib, em Punjab.
Sikh de toda a Índia juntam-se no Anandpur Sahib para o seu festival marcial anual, o Holla Mohalla, que se celebra em Março e em que se realizam exercícios marciais e batalhas simuladas, no dia a seguir ao Holi, o festival das cores. Os Sikh, especialmente os Nihang, vestem os seus fatos marciais tradicionais, e exibem a sua perícia como arqueiros, em lutas de espada, a cavalo ou no tiro.

Foto:Harish Tyagi
Fonte: www.sapo.pt

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quarta-feira, março 15, 2006

Em todos os jardins...

"Em todos os jardins hei-de florir
Em todos beberei a lua cheia,
Quando enfim no meu fim eu possuir
Todas as praias onde o mar ondeia

Um dia serei eu o mar e areia,
A tudo quanto existe me hei-de unir,
E o meu sangue arrasta em cada veia
Esse abraço que um dia se há-de abrir.

Então receberei no meu desejo
Todo o fogo que habita na floresta
Conhecido por mim como num beijo.

Então serei o ritmo das paisagens,
A secreta abundância dessa festa
Que eu via prometida nas imagens."

Sophia de Mello Breyner Andersen

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Majestoso (2) ...

"Lotus Pond, Fall"
John Upton

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Holi...


Festival das cores na Índia
Os amigos de uma rapariga de etnia Marwari, besuntam-na com cores durante as celebrações do festival das cores "Holi" em Bangalore.
"Holi" é um dos principais festivais hindus e celebra a alegre chegada da Primavera.

Foto: Epa/Manjunath Kiran

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Passa uma Borboleta...

"Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta
E a flor é apenas flor."

"Guardador de Rebanhos", Alberto Caeiro
imagem: Yoko Ikeno

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terça-feira, março 14, 2006

...

"Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria Liberdade."

Sophia de Mello Breyner Andresen

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Coisa Ruim...

Uma família citadina e moderna vai aprender que o preconceito nasce quase sempre da ignorância. Uma família que tenta disfarçar várias rotas de colisão interna, que experiências desconhecidas vêm revelar e acelerar. Uma casa longínqua, recebida por herança, abriga um universo inquietante. Confrontam-se com vivências baseadas no temor de pecados por pagar. Um mundo que aparentemente fala a nossa língua, mas que se exprime numa outra linguagem. Chamam-lhe lendas, folclore, mas percebem que há lugares onde os vivos sabem que há mortos que não se apagam, que às vezes se chama Diabo à fúria de um Deus zangado e é perante um precipício inesperado que começam a resvalar todas as certezas. Que um homem e uma mulher são obrigados a encarar o seu casamento. Irmãos transportam segredos inconfessáveis. E um pai percebe, da maneira mais dolorosa, que nunca acompanhou devidamente os filhos. O Diabo? Talvez ande por lá mas não é uma força maligna, que cospe fogo pela noite, é talvez, apenas o medo que temos do amor.

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Marie Antoinette...


Maria Antonieta de Hamburgo
Marie-Antoinette Josèphe Jeanne de Habsbourg-Lorraine
Viena, 2 de Novembro 1755 – Paris, 16 de Outubro 1793
Arquiduquesa da Áustria e Rainha Consorte da França de 1774 - 1789

Eu sempre gostei da história de Maria Antonieta, a decadência de Versalles às vésperas da Revolução Francesa, que depôs e guilhotinou a realeza, e o facto de que ela era só uma adolescente quando as circunstâncias a forçaram a viver um papel de protagonista na história. Luís XVI e Maria Antonieta eram crianças perdidas num mundo louco.
Maria Antonieta só estava no lugar errado na hora errada.

imagem: Martin Mytens or Meytens

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segunda-feira, março 13, 2006

Frida Kahlo...


Magdalena Carmen Frieda Kahlo y Calderón (6 de Julho de 1907 - 13 de Julho de 1954 - Coyoacan; 1954) foi a grande pintora mexicana.

"Sozinha com a minha grande felicidade e a lembrança viva da menina. Passaram-se 34 anos desde que vivi esta amizade mágica e cada vez que a recordo, mais ela se aviva e mais cresce dentro do meu mundo.
Pinzón 1950, Frida Kahlo

"9 de Novembro de 1951
Menino-amor. Ciência exacta.
Vontade de resistir vivendo alegria saudável. Gratidão infinita
Olhos nas mãos e tacto no olhar. Limpeza e maciez de fruta. Enorme coluna vertebral que é base para toda a estrutura humana.
Um dia veremos, um dia aprenderemos. Há sempre coisas novas. Sempre ligadas à antiga existência.
Alado – Meu Diego meu
Amor de milhares de anos.
Sadga. Yrenáica
Frida.
DIEGO”

Excertos do diário de Frida Kahlo
Imagem: “Le due Frida”

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domingo, março 12, 2006

Deixa-me...

Deixa que o contorno do teu rosto fique gravado na minha memoria...
Deixa que o meu olhar capte o brilho do teu olhar...
Deixa que as minhas lágrimas te mostrem o quanto te amo, porque existem porque fazes parte da minha vida...
Deixa-me apenas contemplar-te e perder-me em ti, porque és um tesouro que não sei viver sem...
Deixa-me perpertuar o momento que estas aqui...
Comigo... apenas meu em meus braços...
Apenas sentindo o veludo toque do teu corpo que acaricia o meu...
Deixa-me perder-me neste momento.. quando os teus se fecharem em meu peito...
Deixa-me sussurrar-te a maior verdade que trago comigo…”

autor desconhecido (por mim!!)

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Hoje sinto-me assim...

Grace Kelly

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And I can tell everybody, this is my song…

"It's a little bit funny this feeling inside
I'm not one of those who can easily hide
I don't have much money but boy if I did
I'd buy a big house where we both could live

If I was a sculptor, but then again, no
Or a man who makes potions in a travelling show
I know it's not much but it's the best I can do
My gift is my song and this one's for you

And you can tell everybody this is your song
It may be quite simple but now that it's done
I hope you don't mind
I hope you don't mind that I put down in words
How wonderful life is now you're in the world

I sat on the roof and kicked off the moss
Well a few of the verses well they've got me quite cross
But the sun's been quite kind while I wrote this song
It's for people like you that keep it turned on

So excuse me forgetting but these things I do
You see I've forgotten if they're green or they're blue
Anyway the thing is what I really mean
Yours are the sweetest eyes I've ever seen"

Your song, Elton John

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Metáfora...

(...)"Eu, que sou mais irmão de uma árvore que de um operário,
Eu, que sinto mais a dor suposta do mar ao bater na praia
Que a dor real das crianças em quem batem
(Ah, como isto deve ser falso, pobres crianças em quem batem —
E por que é que as minhas sensações se revezam tão depressa?)
Eu, enfim, que sou um diálogo continuo,
Um falar-alto incompreensível, alta-noite na torre,
Quando os sinos oscilam vagamente sem que mão lhes toque
E faz pena saber que há vida que viver amanhã.
Eu, enfim, literalmente eu,
E eu metaforicamente também,
Eu, o poeta sensacionalista, enviado do Acaso
As leis irrepreensíveis da Vida,
Eu, o fumador de cigarros por profissão adequada,
O indivíduo que fuma ópio, que toma absinto, mas que, enfim,
Prefere pensar em fumar ópio a fumá-lo
E acha mais seu olhar para o absinto a beber que bebê-lo...
Eu, este degenerado superior sem arquivos na alma,
Sem personalidade com valor declarado,
Eu, o investigador solene das coisas fúteis,
Que era capaz de ir viver na Sibéria só por embirrar com isso,
E que acho que não faz mal não ligar importância à pátria
Porque não tenho raiz, como uma árvore, e portanto não tenho raiz
Eu, que tantas vezes me sinto tão real como uma metáfora. (...)"

in "Passagem das Horas", Álvaro de Campos
Post dedicado ao meu "patty-cake", João Miguel Freitas

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sexta-feira, março 10, 2006

...

"A perfeição, a eternidade, a plenitude
Escorriam da sagrada juventude dos teus membros."

Sophia de Mello Breyner Andressen
imagem: autor desconhecido

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A minha vida é um barco abandonado...


A minha vida é um barco abandonado
Infiel, no ermo porto, ao seu destino.
Por que não ergue ferro e segue o atino
De navegar, casado com o seu fado ?

Ah! falta quem o lance ao mar, e alado
Torne seu vulto em velas; peregrino
Frescor de afastamento, no divino
Amplexo da manhã, puro e salgado.

Morto corpo da acção sem vontade
Que o viva, vulto estéril de viver,
Boiando à tona inútil da saudade.

Os limos esverdeiam tua quilha,
O vento embala-te sem te mover,
E é para além do mar a ansiada Ilha.

Fernando Pessoa
foto: autor desconhecido

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A tua voz na Primavera...

Manto de seda azul, o céu reflete
Quanta alegria na minha alma vai!
Tenho os meus lábios húmidos: tomai
A flor e o mel que a vida nos promete!

Sinfonia de luz meu corpo não repete
O ritmo e a cor dum mesmo beijo... olhai!
Iguala o sol que sempre às ondas cai,
Sem que a visão dos poentes se complete!

Meus pequeninos seios cor-de-rosa,
Se os roça ou prende a tua mão nervosa,
Têm a firmeza elástica dos gamos...

Para os teus beijos, sensual, flori!
E amendoeira em flor, só ofereço os ramos,
Só me exalto e sou linda para ti!

Florbela Espanca

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quinta-feira, março 09, 2006

El Rei D. Anibal...

Vamos lá ver o que este senhor vai fazer pelo nosso belo jardim á beira mar plantado...
Um dia de Luto?
O inicio de uma era?
Vamos dar tempo ao Sinhor Cavaquito...

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Aos amigos (de sempre e para sempre)...

"Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas fúteis, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhámos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos fins-de-semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido. Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje já não tenho tanta certeza disso. Em breve cada um vai para seu lado e, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida. Talvez continuemos a encontrar-nos, quem sabe... nas cartas que trocaremos. Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices...
Então, os dias vão passar, depois meses... anos... até este contacto se tornar cada vez mais raro. Vamo-nos perder no tempo....
Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão: "Quem são aquelas pessoas?" Diremos... que eram nossos amigos e... isso vai doer tanto!-"Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!"
A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...
Quando o nosso grupo estiver incompleto... reunir-nos-emos para um último adeus a um amigo. E, entre lágrimas, abraçar-nos-emos. Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado. E perder-nos-emos no tempo.....
Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"

Fernando Pessoa

Dedico este post a todos aqueles que me conhecem e que estiveram nos melhores e piores momentos da minha vida! Não ponho nomes pq sei que ñ os consigos distinguir, a vós o mt obrigado por me terem ajudado a ser quem hoje sou!!!
Miss Jo

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Elogio...

"Tu és a esperança, a madrugada. Nasceste nas tardes de Setembro, quando a luz é perfeita e mais doirada, e há uma fonte crescendo no silêncio da boca mais sombria e mais fechada."

Eugénio de Andrade

quarta-feira, março 08, 2006

Hoje vou adormecer assim...

Foto: Jacek Pomykalski

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Sabedoria...

"A sabedoria deve ter sempre os trunfos à mão: pois quem diz sábio, diz feliz, pelo menos no meu dicionário; há que ter paixões para ser feliz; mas há que colocá-las ao serviço da nossa felicidade e existem algumas às quais devemos proibir qualquer acesso à nossa alma."

Madame du Châtelet, Discurso sobre a felicidade.

8 de Março, Dia Mundial da Mulher


"Aqui me sentei quieta
Com as mãos sobre os joelhos
Quieta muda secreta
Passiva como os espelhos
Musa ensina-me o canto
Imanente e latente
Eu quero ouvir devagar
O teu súbito falar
Que me foge de repente. "

Texto: Sophia de Mello Breyner Andresen.
Foto: Stephen Haynes.

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terça-feira, março 07, 2006

Hoje acordei assim...

Natalie Wood

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E o Oscar vai para...

Parabens migo!!
O meu preferido de todos, Charlize Theron (e as outras também por Dior!)
(só podia né?...)

Cenas da Vida Conjugal...

"The real drawback to marriage is that it makes one unselfish. And unselfish people are colorless.
They lack individuality.
Still, there are certain temperaments that marriage makes more complex.
They retain their egotism, and add to it many other egos.
They are forced to have more than one life.
They become more highly organized.
Besides, every experience is of value, and, whatever one may say against marriage, it is certainly an experience."

in "The Picture of Dorian Gray", capítulo IV, Oscar Wilde

domingo, março 05, 2006

You and I...

Deixa-me levar-te por maus caminhos
Levar-te a cometer desatinos
Fazer-te perder a cabeça.
Dá-me a tua mão
Deixa-me guiar-te
Vamos cair em todas as tentações
Cometer só pecados originais
Não veniais
Pecados carnais
Faremos do corpo evangelho.
Quero escrever contigo um novo testamento
E um novo mandamento:
Amarei o teu corpo acima de todas as coisas
Amarás o meu corpo tanto quanto amo o teu
E cumprido o mandamento
Construiremos o Paraíso
E seremos eu e tu...
Deuses únicos e primeiros.

Texto: by encandescente in http://afundasao.blogspot.com

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sábado, março 04, 2006

Feel in heaven...

A few seconds of serenity
Photo: Cédric Chassagne

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sexta-feira, março 03, 2006

Renoir...


Auguste Renoir, "Bal au moulin de la Galette", 1876 Montmartre, Paris
Musée d'Orsay

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O Estratagema do Amor...

"De todos os desvios da natureza, o que fez mais pensar, o que pareceu mais estranho a estes meio-filósofos que querem analisar tudo sem nada compreender, dizia um dia a uma das suas melhores amigas a Menina de Villebranche de quem vamos ter ocasião de nos ocuparmos em seguida, é este gosto estranho que mulheres duma certa construção, ou dum certo temperamento, conceberam por pessoas do seu sexo. Embora muito antes da imortal Safo e depois dela não tenha havido uma só região do universo nem uma única cidade sem nos oferecer mulheres com este capricho e embora, perante provas de tal força, parecesse mais razoável acusar a natureza de singularidade do que estas mulheres de crime contra a natureza, nunca todavia se deixou de vituperá-las, e sem o ascendente imperioso que sempre teve o nosso sexo, quem sabe se algum Cujas, algum Bartole, algum Luís IX não teriam imaginado fazer contra estas sensíveis e infelizes criaturas leis iníquas, como as que se lembraram de promulgar contra os homens que, construídos no mesmo género de singularidade, e por tão boas razões sem dúvida, julgaram poder bastar-se a si próprios, e imaginaram que a mistura dos sexos, muito útil à propagação, podia muito bem não revestir esta mesma importância para os prazeres. Deus nos livre de tomar qualquer partido a tal respeito... não é, minha cara ?, continuava a bela Augustine de Villebranche atirando a esta amiga beijos que pareciam, contudo, um tanto suspeitos, mas em vez de iniquidades, em vez de desprezo, em vez de sarcasmos, todas armas perfeitamente embotadas nos nossos dias, não seria infinitamente mais simples, numa acção tão totalmente indiferente à sociedade, tão igual a Deus, e talvez mais útil do que se acredita na natureza, deixar cada um agir a seu gosto... Que se pode recear desta depravação?... Aos olhos de todo o ser verdadeiramente sensato, parecerá que ela pode evitar maiores, mas nunca se provará que possa conduzir a perigosas... Ah, justos céus, receia-se que os caprichos destes indivíduos de um ou outro sexo façam acabar o mundo, que ponham em leilão a preciosa espécie humana, e que o seu pretenso crime a aniquile, por não proceder à sua multiplicação? Reflicta-se um pouco sobre isto e ver-se-á que todas estas perdas quiméricas são inteiramente indiferentes à natureza, que não só não as condena, mas prova-nos através de milhares de exemplos que as quer e as deseja; ah, se estas perdas a irritassem, tolerá-las-ia em milhares de casos, permitiria, se a progenitura lhe fosse tão essencial, que uma mulher só pudesse servir para isso durante um terço da sua vida e que ao sair das suas mãos a metade dos seres que ela produz tivessem o gosto contrário a essa progenitura no entanto exigida por ela? Digamos melhor, permite que as espécies se multipliquem, mas não o exige, e bem segura de que terá sempre mais indivíduos do que necessita, está longe de contrariar as inclinações dos que não têm a propagação como uso e que se repugnam de conformar-se a ela. Ah! deixemos agir esta boa mãe, convençamo-nos bem de que os seus recursos são imensos, de que nada que façamos a ultraja e de que o crime que atentaria contra as suas leis nunca estará nas nossas mãos."

in "O Estratagema do Amor", Marquês de Sade

Escreve-me...



Escreve-me! Ainda que seja só
Uma palavra, uma palavra apenas,
Suave como o teu nome e casta
Como um perfume casto d'açucenas!

Escreve-me!Há tanto, há tanto tempo
Que te não vejo, amor! Meu coração
Morreu já, e no mundo aos pobres mortos
Ninguém nega uma frase d'oração!

"Amo-te!" Cinco letras pequeninas,
Folhas leves e tenras de boninas,
Um poema d'amor e felicidade!

Não queres mandar-me esta palavra apenas?
Olha, manda então... brandas... serenas...
Cinco pétalas roxas de saudade...




Poema: Florbela Espanca
Imagem: Prima-Balerina (pormenor) E. Degas

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quinta-feira, março 02, 2006

Hino á beleza...

Vens do fundo do céu ou do abismo, ó sublime
Beleza? Teu olhar, que é divino e infernal,
Verte confusamente o benefício e o crime,
E por isso se diz que do vinho és rival.

Em teus olhos reténs uma aurora e um ocaso;
Tens mais perfumes que uma noite tempestuosa;
Teus beijos são um filtro e tua boca um vaso
Que tornam fraco o herói e a criança corajosa.

Sobes do abismo negro ou despencas de um astro?
O Destino servil te segue como um cão;
Semeias a desgraça e o prazer no teu rastro;
Governas tudo e vais sem dar satisfação.

Calcando mortos vais, Beleza, entre remoques;
No teu tesoiro o Horror é uma jóia atraente,
E o Assassínio, entre os teus mais preciosos berloques,
Sobre o teu volume real dança amorosamente.

A mariposa voando ao teu encontro ó vela,
"Bendito este clarão!" diz antes que sucumba.
O namorado arfante enleando a sua bela
Parece um moribundo acariciando a tumba.

Que tu venhas do céu ou do inferno, que importa,
Beleza! monstro horrendo e ingénuo! se de ti
Vêm o olhar, o sorriso, os pés, que abrem a porta
De um Infinito que amo e jamais conheci?
De Satã ou de Deus, que importa? Anjo ou Sereia,
Se és capaz de tornar, – fada aos olhos leves,
Ritmo, perfume, luz! - a vida menos feia,
Menos triste o universo e os instantes mais breves?

Charles Baudelaire

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Eco e Narciso ...


Eco era uma ninfa muito tagarela.
Zeus pediu-lhe então que distraisse Hera enquanto andasse nas suas aventuras extraconjugais. Eco assim fez. Ao descobrir tudo, Hera sentindo-se traída e humilhada, condena-a a repetir apenas os fins de frases que ela ouvisse.
Um dia, Eco vê Narciso e apaixona-se ardentemente por ele.
Narciso era o filho do rio Céfiso e da ninfa Liríope. Era duma beleza invulgarmente rara. Todos os homens e as mulheres e até ninfas se apaixonavam por ele mas ele a todos desdenhava com uma inacessível frieza. Uma vítima do seu desdém pede aos deuses que ele sinta a dor de não poder possuir o objecto do seu amor e é atendido por Nemésis, a deusa castigadora da insolência. Aos 16 anos, Narciso perde-se numa caçada e inclina-se para beber água num riacho.
Fica tão extasiado pela sua própria imagem que tenta agarrá-la. Porém, a imagem desvanece-se de cada vez que é tocada. Narciso, desesperado, deixa-se ficar perto da margem sem comer e sem dormir em vãs tentativas de satisfazer o amor de si mesmo.
Alguns dizem que acabou por morrer de uma languidez triste.
Outros referem que se afogou. O que se sabe é que em sua homenagem, nasceu uma flor que tem agora o nome de Narciso.
Quanto a Eco, refugiou-se em grutas e recantos para fugir à dor do seu amor rejeitado. Dizem que ficou com a voz quase inaudível e que acabou por se transformar num rochedo...

Imagem: "Echo and Narcissus", by John William Waterhouse

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quarta-feira, março 01, 2006

Change...

"Seja a mudança que quer ver no mundo"

Mahatma Gandhi

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Romeo and Juliet...


"Os Montecchi e os Cappelletti, duas famílias ilustres de Verona, eram inimigos fidalgais.
Romeu, filho de Montecchi, namorava Rosalina, mas, ao assistir disfarçado a uma festa em casa dos Cappelletti, apaixonou-se por Julieta. Depois da festa viram como o amor era mútuo e combinaram casar em segredo, o que viria a acontecer com a ajuda de Frei Lourenço.
Mercutio, amigo de Romeu, encontrou Tebaldo da família Cappelletti, furioso e agressivo por ter visto Romeu na festa em sua casa. Romeu responde amistosamente com palavras que deixam subentender o parentesco que já existe entre eles. O seu amigo Mercutio não aceita a submissão de Romeu e desembainha a espada. É morto por Tebaldo, e Romeu acaba por entrar também na contenda, matando, por sua vez, Tebaldo e sendo posteriormente condenado ao desterro.
Depois de passar a noite com Julieta, Romeu deixa Verona e vai para Mantua.
Frei Lourenço julga ser a hora de tornar público o matrimónio, pois o pai de Julieta queria obrigá-la a casar com o Conde Paris. O frade aconselha-a a tomar um narcótico que a deixará como morta durante 48 horas. Avisará Romeu, que irá buscá-la ao sepulcro e a levará para Mantua, onde serão felizes para sempre. Todavia, a mensagem nunca chega a Romeu, pois Frei Lourenço é detido no caminho.
Romeu, que toma conhecimento da morte de Julieta, compra um veneno forte e dirige-se ao sepulcro para ver a sua amada, o que consegue depois de matar em duelo o Conde Paris.
Romeu beija Julieta e bebe a taça com o veneno. Quando a sua amada acorda e vê Romeu envenenado, percebe que os planos falharam e, não encontrando sentido para a vida, apunhala-se a si mesma.
Quando Frei Lourenço chega, a tragédia já está consumada. Tomando conhecimento do ocorrido, as famílias, comovidas com tão grande amor, reconciliam-se finalmente."

photo: "Love letter-II, Haleh Bryan

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Para o próximo ano eu vou...

...para o carnaval de Veneza... isto digo eu (Todos os Anos!!)
photo:Gianluca Nespoli

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